A Defesa Civil emitiu um alerta de risco meteorológico entre esta sexta-feira (18) e domingo (20), com previsão de chuvas intensas. O acumulado pode alcançar 95 milímetros na Grande São Paulo durante o período crítico.
O governo de São Paulo anunciou a formação de um gabinete de crise para monitorar e enfrentar as chuvas previstas a partir das 8h desta sexta-feira (18). A decisão foi comunicada durante uma coletiva de imprensa nesta quinta (17), após uma reunião entre o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), o prefeito de Taboão da Serra, Aprígio (Podemos), e representantes das cinco concessionárias de energia do estado.
A Grande São Paulo ainda se recupera dos impactos causados pelo temporal da semana passada. No entanto, a Defesa Civil já emitiu um novo alerta meteorológico para o período entre sexta-feira (18) e domingo (20), com expectativa de chuvas acumulando até 95 milímetros na região metropolitana durante o intervalo de risco.
O coronel Henguel Ricardo Pereira, secretário-chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil, informou que o gabinete de crise será composto por representantes do Corpo de Bombeiros, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), além de equipes da área da saúde e segurança pública.
A partir desta quinta-feira (17), a Defesa Civil também atuará em conjunto com a Enel, acompanhando as operações diretamente do centro de controle da concessionária. O objetivo é monitorar o deslocamento das equipes de manutenção para garantir uma resposta ágil à população durante situações climáticas adversas.
"Vamos observar como os veículos de manutenção estão sendo mobilizados e se o atendimento à população está acontecendo conforme o planejado", explicou o coronel.
Thiago Mesquita Nunes, diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), reforçou que a Enel não seguiu o plano de contingência durante o apagão ocorrido na última sexta-feira, que afetou 3,1 milhões de imóveis.
"Esse foi um problema crítico. O plano de contingência já era exigido desde o evento de 3 de novembro do ano passado, mas não foi cumprido. A Enel deveria ter mobilizado 2.500 profissionais, mas, segundo informações fornecidas pela própria empresa — já que não temos acesso direto aos dados —, apenas 1.700 a 1.800 estavam de fato em operação", destacou Mesquita.
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