Na noite desta terça-feira (22), a polícia foi acionada para atender uma denúncia em uma residência de Novo Hamburgo, onde o suspeito estaria mantendo os próprios pais em cárcere privado. Ao perceber a chegada dos agentes, o homem reagiu com disparos. Ele permanece dentro do imóvel, e a polícia segue negociando para que se entregue pacificamente.
Na noite de segunda-feira (22), um homem de 45 anos manteve a própria família refém em sua residência, no bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo, Região Metropolitana de Porto Alegre. Durante o confronto, ele matou a tiros o pai e um policial militar. Dez pessoas, incluindo familiares e agentes de segurança, também ficaram feridas e foram levadas para o hospital.
A Brigada Militar (BM) foi até a casa após receber denúncias de que o suspeito mantinha os pais em cárcere privado. Ao perceber a chegada dos policiais, o homem reagiu atirando contra os agentes e seus próprios familiares. Além dos disparos, o suspeito ainda conseguiu derrubar dois drones utilizados pela polícia, segundo informações da BM.
No imóvel estavam a mãe, o irmão e a cunhada do atirador, além do pai, Eugênio Crippa, de 74 anos, que não resistiu aos ferimentos. O policial militar Everton Kirsch Júnior, de 31 anos, também foi morto no confronto. Entre os feridos estão seis policiais, um guarda municipal e outros civis.
O crime ocorreu na Rua Adolfo Jaeger, onde a casa foi cercada pelas forças de segurança. Até a manhã desta quarta-feira (23), o suspeito permanecia entrincheirado no local, enquanto a BM seguia tentando negociar sua rendição.
"A todo momento, tentamos negociar com ele, conversar com ele, tentamos contato telefônico através dos números que a gente conseguiu, ele não responde a nenhum contato que estamos tentando fazer com ele. A única forma de resposta é através de disparos", diz o tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) de Novo Hamburgo.
Segundo a polícia, o homem estava mantendo os pais em cárcere privado em sua residência. Ao notar a presença dos agentes na frente do imóvel, ele reagiu imediatamente, disparando contra os policiais e uma pessoa que passava pela rua, deixando vários feridos.
"De forma repentina e extremamente agressiva, ele surgiu atirando em todos que estavam ali na frente da casa", explicou o delegado Famoso. "Os disparos atingiram tanto os próprios pais quanto a equipe policial que atendia a ocorrência."
O policial morto no confronto
Everton Kirsch Júnior, policial militar desde 2018, foi uma das vítimas fatais. Ele havia se tornado pai recentemente e deixa um filho de apenas 45 dias e a esposa.
Lista de feridos
Os 10 feridos foram levados para o Hospital Municipal de Novo Hamburgo. A seguir, os detalhes de cada caso:
Cleris Crippa, 70 anos (mãe do atirador): estado grave após ser atingida por três tiros.
Priscilla Martins, 41 anos (cunhada): estado grave com um tiro.
Everton Crippa, 49 anos (irmão): sem informações atualizadas sobre seu estado de saúde.
Rodrigo Weber Voltz, 31 anos (PM): passou por cirurgia após ser baleado três vezes.
João Paulo Farias Oliveira, 26 anos (PM): em cirurgia após ser atingido uma vez.
Joseane Muller, 38 anos (PM): em estado estável após ser baleada uma vez.
Eduardo de Brida Geiger, 32 anos (PM): recebeu alta após ser atingido de raspão.
Leonardo Valadão Alves, 26 anos (PM): liberado do hospital após ferimento leve.
Felipe Costa Santos Rocha (PM): também recebeu alta após ser baleado de raspão.
Volmir de Souza:** aguarda cirurgia após ser atingido por um disparo.
A Brigada Militar segue monitorando a situação enquanto tenta negociar a rendição do agressor, que permanece dentro da casa.
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