Maria Corina Machado mobiliza opositores em Madri para concentrar esforços na posse presidencial
María Corina Machado mobiliza oposição em Madri para reforçar esforços até a posse presidencial
A líder opositora venezuelana María Corina Machado afirmou no domingo, 20 de outubro, que o regime de Nicolás Maduro está perto do fim. Durante um congresso do partido Voluntad Popular, em Madri, onde se encontra exilada, Machado declarou que a oposição se fortaleceu após as eleições recentes e está determinada a promover mudanças: “Vamos tirar Maduro do cargo”, afirmou. A agência EFE informou que a opositora convocou seus aliados a se concentrar no dia 10 de janeiro, data em que acreditam que Edmundo González Urrutia tomará posse como o legítimo presidente da Venezuela.
A oposição insiste que González foi o verdadeiro vencedor das eleições de 28 de julho, enquanto o Conselho Nacional Eleitoral declarou Maduro como vencedor, sem apresentar provas. "O dia 10 de janeiro será essencial, e precisamos concentrar todas as forças para garantir essa mudança", reforçou Machado, destacando que o isolamento internacional do regime nunca foi tão evidente.
Leopoldo López, líder do Voluntad Popular, também participou do encontro e destacou a importância de manter a unidade interna da oposição: “Não toleraremos divisões. O resultado das eleições deve ser respeitado antes de qualquer novo processo eleitoral”, afirmou.
Pressão sobre Maduro e exílio da oposição
Edmundo González, em uma mensagem gravada, pediu coesão entre as forças democráticas para garantir que a vontade popular expressa nas urnas seja respeitada. Ele, assim como outros opositores, buscou asilo político na Espanha em meio à crescente repressão do regime de Maduro. O Ministério Público da Venezuela já solicitou um mandado de prisão contra ele.
Machado também destacou o esforço de unir diferentes setores da sociedade venezuelana, superando divisões ideológicas e sociais. “Conseguimos unir esquerda e direita, ricos e pobres, para lutar contra a ditadura”, afirmou.
O congresso em Madri reuniu membros do "Voluntad Popular" de mais de 23 países e serviu como um ponto de encontro estratégico para a oposição em meio ao exílio. Mesmo fora do território venezuelano, os opositores seguem organizando ações em busca de mudanças no país.
Leopoldo López, que também vive em Madri desde 2020 após fugir da Venezuela, reafirmou o compromisso da oposição: “Não vamos nos render”. López já havia cumprido três anos de prisão e passou outros dois em regime domiciliar antes de buscar refúgio na embaixada da Espanha, onde permaneceu até sua fuga.
A oposição segue confiante de que, com união e apoio internacional, o regime de Maduro não resistirá ao próximo ciclo político que se aproxima.
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