Ministros de Lula Expressam Indignação com Deportação de Brasileiros dos EUA
- Panorama da Semana
- 27 de jan.
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Atualizado: 18 de mar.

Deportação de Brasileiros dos EUA e o Uso de Algemas: Entenda o Caso
A Reação do Governo e a Mobilização nas Redes
Nos últimos dias, a deportação de 88 brasileiros dos Estados Unidos chamou atenção pelas imagens dos deportados algemados ao desembarcarem no Brasil. A aeronave fretada pela empresa norte-americana Global X fez um pouso de emergência em Manaus devido a problemas técnicos, e o trajeto até Belo Horizonte foi concluído por um avião da FAB (Força Aérea Brasileira). A indignação com as algemas gerou ampla repercussão entre os ministros do governo Lula, que criticaram a situação e exaltaram a resposta do presidente ao caso.
O Ministério da Justiça, sob comando de Ricardo Lewandowski, determinou a retirada imediata das algemas ao chegar em solo brasileiro, reforçando que, sob jurisdição nacional, tais práticas não seriam necessárias. A decisão foi destacada nas redes sociais, com apoio de 22 ministros que compartilharam um vídeo oficial produzido pela Secretaria de Comunicação (Secom). O objetivo era reforçar a atuação humanitária do governo, em um momento em que busca recuperar sua popularidade após o episódio conhecido como "Pixgate".
Proporciona uma compreensão profunda sobre a imigração no Brasil, abordando aspectos históricos, legais e sociais. Oferece uma visão crítica sobre as políticas públicas relacionadas à imigração e deportação.
O Uso de Algemas nos EUA: Procedimento Padrão
Nos Estados Unidos, o uso de algemas e correntes em detidos sob custódia do Estado, incluindo imigrantes ilegais, é uma prática padrão. Este procedimento tem como objetivos principais proteger a pessoa sob custódia contra possíveis atos extremos e garantir a segurança dos agentes de imigração durante o transporte, especialmente em voos.
Independentemente da gravidade da infração, todos os detidos são submetidos a essa medida, que inclui, em alguns casos, algemas nos pulsos e correntes nos tornozelos. O tratamento dos deportados brasileiros não foi uma exceção, mas seguiu as normas habituais das autoridades norte-americanas.
Voos de Deportação e Dados do Governo Lula
Desde o início do terceiro mandato de Lula, o aeroporto de Confins (MG) recebeu 32 voos fretados pelo governo norte-americano, totalizando 3.660 brasileiros deportados. Apesar da indignação com as imagens recentes, essas deportações seguem um padrão estabelecido em 2018, durante o governo Michel Temer, com início efetivo em 2019.
É importante destacar que o governo de Joe Biden deportou mais brasileiros do que os governos de Barack Obama e Donald Trump. Entre 2021 e 2024, foram deportados 7.168 brasileiros, representando 1,31% do total de deportações realizadas pelos EUA no período, que somaram 545.252 pessoas.
A Primeira Deportação Sob a Gestão de Donald Trump
O caso dos 88 brasileiros deportados marcou o início das deportações sob a presidência de Donald Trump, que assumiu o cargo em 20 de janeiro de 2025. No entanto, o episódio reflete um acordo firmado anos antes e não se relaciona diretamente com novas políticas do governo republicano.
Assim que a aeronave fretada pousou em Manaus, os deportados já estavam sob jurisdição brasileira. Por isso, a continuidade do trajeto pelo avião da FAB ocorreu sem a necessidade de seguir os procedimentos legais aplicados pelos EUA, como o uso de algemas. A determinação do Ministério da Justiça, portanto, apenas reforçou uma prática que já seria adotada no território nacional.
Um Caso Marcado por Disputa de Narrativa
A abordagem do governo federal e sua ampla divulgação nas redes sociais ilustram a tentativa de reforçar a imagem do presidente Lula diante da opinião pública. Com a Secom investindo em uma presença digital mais ativa, o episódio dos brasileiros deportados foi explorado como uma oportunidade para destacar a sensibilidade humanitária da gestão, ao mesmo tempo que buscava neutralizar os impactos negativos de crises recentes.
Conclusão: Procedimentos Padrão ou Indignação Justificada?
Embora o uso de algemas em deportações seja um padrão internacional nos EUA, a resposta do governo brasileiro visou destacar a diferença nos tratamentos entre as jurisdições. O caso evidencia um debate entre procedimentos legais e humanitários, além de ser aproveitado como instrumento de reforço político em tempos de alta polarização.
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