Por Que Esquecemos a Dor? A Ciência Revela o Mistério da Memória Humana
- Panorama da Semana
- 11 de abr.
- 5 min de leitura
Atualizado: há 24 horas

Por Que Esquecemos a Dor? Entenda o Fascinante Processo do Corpo Humano
A dor é uma experiência universal, mas você já parou para pensar por que esquecemos a dor com o passar do tempo? Seja a picada de uma injeção, o desconforto de uma lesão ou até mesmo dores emocionais intensas, nosso cérebro parece ter uma habilidade única de suavizar essas memórias.
Este artigo mergulha na ciência por trás desse fenômeno intrigante, explorando como o corpo humano e a mente trabalham juntos para apagar ou transformar a lembrança da dor. Vamos descobrir os segredos da memória, os processos biológicos envolvidos e as razões evolucionárias que explicam por que esquecemos a dor.
O Papel da Memória na Experiência da Dor
Por que esquecemos a dor? A resposta começa no cérebro, mais especificamente no hipocampo e no córtex pré-frontal, áreas responsáveis pela formação e armazenamento de memórias.
Estudos mostram que a dor, embora intensa no momento em que ocorre, não é armazenada da mesma forma que outros tipos de memórias, como eventos felizes ou fatos aprendidos.
Isso acontece porque o cérebro prioriza memórias que oferecem benefícios para a sobrevivência, e lembrar cada detalhe de uma dor pode não ser tão útil.
De acordo com uma pesquisa publicada na Nature Reviews Neuroscience (2020), a memória da dor é frequentemente codificada como uma experiência sensorial e emocional, mas com o tempo, o componente emocional tende a se dissipar. Isso significa que, embora possamos lembrar que algo doeu, a sensação exata da dor se torna vaga. Esse processo é chamado de atenuação da memória afetiva, e é uma das razões pelas quais esquecemos a dor de forma tão eficaz.
Por Que Esquecemos a Dor? A Neuroquímica por Trás do Esquecimento
A neuroquímica também desempenha um papel crucial. Quando sentimos dor, o cérebro libera neurotransmissores como endorfinas e dopamina para aliviar o desconforto. Esses compostos não apenas ajudam a lidar com a dor no momento, mas também influenciam como a memória da dor é consolidada.
Um estudo da University College London (2019) revelou que a liberação de opioides naturais no cérebro pode interferir na formação de memórias detalhadas da dor, fazendo com que ela pareça menos intensa ao ser recordada.
Além disso, o hormônio MCH (hormônio concentrador de melanina), ativo durante o sono REM, pode inibir o hipocampo, a região do cérebro que consolida memórias. Isso foi demonstrado em experimentos com ratos, conforme publicado na Science Advances (2020), sugerindo que o sono pode literalmente “apagar” partes da memória da dor.
A Evolução e a Sobrevivência: Por Que Esquecemos a Dor
Do ponto de vista evolutivo, esquecer a dor tem vantagens claras. Imagine se lembrássemos vividamente cada corte, cada pancada ou cada momento de sofrimento emocional. Isso poderia nos paralisar, dificultando a tomada de riscos necessários para a sobrevivência, como caçar, explorar novos territórios ou até formar novos relacionamentos após uma decepção amorosa.
Um artigo da Scientific American (2021) explica que esquecer a dor permite que os seres humanos sejam resilientes. Essa característica nos ajuda a seguir em frente, mesmo após experiências traumáticas. Por exemplo, mães frequentemente relatam que a dor do parto, embora intensa, se torna uma memória distante, o que pode incentivar a reprodução futura. Esse mecanismo evolucionário garante que não fiquemos presos ao sofrimento, promovendo a continuidade da espécie.
Quando Esquecer a Dor Pode Ser um Problema
Embora esquecer a dor seja geralmente benéfico, há situações em que isso pode ser prejudicial. Pessoas com condições como insensibilidade congênita à dor (CIPA) não sentem dor, o que parece vantajoso, mas na verdade é perigoso. Sem a memória da dor como alerta, elas podem ignorar lesões graves.
Um estudo do Journal of Clinical Investigation (2022) mostrou que mutações no gene NTRK1, que afeta a sinalização da dor, podem levar a comportamentos de risco, como ignorar fraturas ou queimaduras.
Além disso, em casos de dor crônica, o cérebro pode “reaprender” a dor mesmo sem uma causa física clara. Pesquisas recentes da Universidade de Stanford (2023) indicam que a dor crônica pode ser amplificada por circuitos neurais hiperativos, fazendo com que a memória da dor persista de forma patológica, dificultando o tratamento.
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Como a Ciência Está Avançando no Estudo da Dor e Memória
A ciência continua a desvendar por que esquecemos a dor e como esse conhecimento pode ser aplicado. Pesquisas recentes estão explorando como manipular a memória da dor para tratar condições como transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e dor crônica.
Um estudo inovador da Harvard Medical School (2024) sugere que técnicas de neuromodulação, como a estimulação magnética transcraniana, podem ajudar a reescrever memórias dolorosas, reduzindo seu impacto emocional.
Outra área promissora é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que ensina pacientes a reinterpretar a dor, diminuindo sua intensidade percebida.
Um ensaio clínico publicado no The Lancet (2023) demonstrou que a TCC pode reduzir a memória da dor em pacientes com fibromialgia, melhorando a qualidade de vida.
Por Que Esquecemos a Dor? Um Convite à Reflexão
Esquecer a dor é mais do que um truque do cérebro — é uma prova da complexidade do corpo humano. Esse mecanismo nos protege, nos torna resilientes e nos permite viver plenamente, mesmo após momentos difíceis. No entanto, entender por que esquecemos a dor também nos ajuda a valorizar sua função: um sinal vital que nos alerta para perigos e nos ensina a cuidar de nós mesmos.
Na próxima vez que você tentar lembrar de uma dor passada e perceber que ela parece distante, lembre-se: seu cérebro está fazendo o que foi projetado para fazer. Ele está te ajudando a seguir em frente, mantendo apenas o essencial para sua sobrevivência e bem-estar.

Fontes Pesquisadas e Atualizações:
Nature Reviews Neuroscience (2020): Estudo sobre a atenuação da memória afetiva da dor.
University College London (2019): Pesquisa sobre o papel dos opioides naturais na memória da dor.
Science Advances (2020): Análise do impacto do hormônio MCH no esquecimento.
Scientific American (2021): Artigo sobre a evolução e a resiliência humana.
Journal of Clinical Investigation (2022): Estudo sobre insensibilidade congênita à dor.
Universidade de Stanford (2023): Pesquisa sobre dor crônica e circuitos neurais.
Harvard Medical School (2024): Avanços em neuromodulação para memórias dolorosas.
The Lancet (2023): Ensaio clínico sobre TCC e dor crônica.
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