O Apart Hotel Dubrovnik desabou na madrugada de terça-feira (29) na cidade litorânea de Villa Gesell, na Argentina
Bombeiros argentinos detectaram um sinal que pode indicar a presença de pessoas entre os escombros do Apart Hotel Dubrovnik, um prédio de dez andares que desabou na madrugada de terça-feira (29) em Villa Gesell, na Argentina. Até o momento, apenas uma mulher foi encontrada viva, enquanto o único óbito confirmado é do seu marido, cujo corpo já foi recuperado. As informações são do O Globo.
O chefe dos Bombeiros Voluntários de Villa Gesell, Hugo Piris, explicou ao canal de notícias TN: “Durante a noite, um sinal mostrou algo a nove metros de profundidade. A máquina indica que pode haver uma pessoa, mas não temos 100% de certeza. O sistema detecta um pulso no mesmo local onde os cães sinalizaram a presença de algo. É a área com maior quantidade de escombros.”
Durante a madrugada, as equipes começaram a retirar partes da laje do edifício colapsado. O responsável pela operação informou: “Os grandes escombros são removidos com guindastes, enquanto os menores são retirados manualmente. Estamos avançando, mas ainda há muito entulho e precisamos chegar até onde a pessoa está. Devemos fazer isso de maneira firme e segura, não podemos acelerar o processo como gostaríamos.”
Atualmente, entre sete e nove pessoas permanecem desaparecidas sob os escombros, incluindo tanto hóspedes do Apart Hotel quanto moradores dos apartamentos adjacentes que foram afetados pelo colapso da torre. A operação de busca, que se estendeu durante toda a madrugada, continua nesta quarta-feira (30), com a remoção dos escombros e a busca por possíveis soterrados. Mais de 200 bombeiros e equipes de resgate estão no local.
Até o momento, os bombeiros conseguiram identificar três dos sete desaparecidos: Nahuel José Stefnic, de 25 anos, natural de Villa Gesell; Matías Chaspman, de 27 anos, de Batán; e Mariano Troiano, de 46 anos, de Mar del Plata. Horas após o desmoronamento, as equipes encontraram um casal: um homem de 89 anos foi encontrado morto, enquanto sua esposa foi resgatada com vida e levada de helicóptero para Mar del Plata, onde está se recuperando de lesões.
Durante a madrugada, torres de iluminação foram adicionadas para auxiliar os trabalhos. Segundo Javier Alonso, ministro de Segurança de Buenos Aires, as equipes não deixarão o local até que todos os escombros sejam removidos. “Não vamos sair daqui até que removamos a última pedra dos escombros. O objetivo é resgatar as pessoas presas, além de documentar tudo e coletar provas para garantir que não haja impunidade”, afirmou.
Como está sendo realizado o trabalho
Recentemente, as equipes estão focadas na remoção dos escombros no local do desmoronamento, uma tarefa que exige grande esforço humano e tempo, conforme relatado pela Federação de Associações de Bombeiros Voluntários de Buenos Aires (Fabvpb). Para remover peças maiores e mais pesadas, são utilizados guindastes e outros maquinários pesados.
Além disso, uma ferramenta de busca que detecta batimentos cardíacos está sendo empregada para auxiliar no resgate. Essa ferramenta foi a responsável por detectar movimentos a cerca de nove metros de profundidade nos escombros, após os cães da Brigada K9 da Fabvpb terem indicado a área repetidamente. A operação conta com a colaboração das brigadas USAR ARG 13, especializadas em estruturas colapsadas, e a Brigada Puma da Federação, que estão trabalhando em conjunto com resgatistas da Polícia Federal, Bombeiros da Polícia, Ministério de Segurança e Defesa Civil.
No total, mais de 300 especialistas de diferentes áreas, incluindo médicos, enfermeiros, ambulâncias e psicólogos, estão presentes para oferecer suporte e atendimento aos familiares das vítimas, com 186 integrantes da Federação de Associações de Bombeiros Voluntários da Província de Buenos Aires atuando na intervenção.
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