Trata-se do primeiro registro conhecido do uso de uma arma tão poderosa, capaz de carregar carga nuclear e com um alcance de milhares de quilômetros
Na quinta-feira, a Rússia lançou um míssil balístico intercontinental durante um ataque à Ucrânia, conforme informou a Força Aérea ucraniana. Esse foi o primeiro uso documentado na guerra de uma arma tão potente, com capacidade nuclear e alcance de milhares de quilômetros.
A Força Aérea fez o anúncio após a Ucrânia ter lançado mísseis americanos e britânicos contra alvos na Rússia nesta semana, apesar dos avisos de Moscou de que consideraria essas ações uma grande escalada no conflito, que já dura 33 meses. A Rússia, que iniciou a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, não fez um comentário imediato sobre a declaração ucraniana.
Os mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) são armas estratégicas projetadas para carregar ogivas nucleares e desempenham um papel crucial na dissuasão nuclear da Rússia. No entanto, os ucranianos não especificaram qual tipo de ogiva o míssil carregava nem qual modelo de ICBM foi utilizado. Não houve indicações de que o míssil fosse nuclear.
O ataque com mísseis russos visou empresas e infraestrutura essencial na cidade de Dnipro, localizada no centro-leste da Ucrânia. A Força Aérea ucraniana não detalhou o alvo do ICBM ou os danos causados, mas o governador regional, Serhiy Lysak, informou que o ataque afetou uma empresa industrial e causou incêndios em Dnipro, deixando duas pessoas feridas.
Além do ICBM, a Rússia também disparou um míssil hipersônico Kinzhal e sete mísseis de cruzeiro Kh-101, dos quais seis foram abatidos pelas forças ucranianas.
A Força Aérea ucraniana mencionou que o míssil balístico intercontinental foi lançado da região de Astrakhan, na Rússia, mas não especificou o modelo do ICBM. A consultoria de defesa ucraniana, Defense Express, questionou se os Estados Unidos, principal aliado da Ucrânia, foram informados previamente sobre o lançamento do míssil, já que o aviso sobre tais lançamentos é necessário para evitar a ativação de sistemas de alerta de mísseis e o disparo de respostas militares.
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